Fintechs e a Interoperabilidade no Open Finance

Por meio da Resolução Conjunta n° 4 de 24/3/2022 o Banco Central do Brasil e o Conselho Monetário Nacional, consolidaram a migração do Open Banking para Open Finance, tendo em vista que o projeto visa uma mudança mais estrutural no mercado financeiro, não apenas com o compartilhamento de dados e serviços relacionados a produtos bancários tradicionais, mas também dados de outros serviços financeiros.
Nós falamos mais sobre o Open Finance em um artigo que pode ser lido na íntegra aqui e aqui.
Mas afinal de contas, o que Open Finance e a Interoperabilidade no Open Finance impactam nas Fintechs? Descubra ao longo do nosso artigo.
O que é a Interoperabilidade no Open Finance?
A interoperabilidade no Open Finance constitui-se no compartilhamento padronizado de dados entre os participantes do Open Insurance (Sistema de Seguros Aberto) e do Open Banking (Sistema Financeiro Aberto), de forma segura, precisa e ágil, mediante consentimento do cliente, que é o titular dos dados.
Desse modo, a interoperabilidade no Open Finance visa, acima de tudo, otimizar os processos nos mercados financeiro, de capitais, de seguros, de previdência, de câmbio e de capitalização, simplificando os custos de integração e reduzindo a assimetria de informações trocadas entre os participantes dos sistemas de interoperabilidade.
O dispositivo normativo que regulamenta a interoperabilidade no Open Finance é a Resolução Conjunta nº 5/2022. A norma foi editada pelo Banco Central do Brasil (BCB) e pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) estando em conformidade com a Resolução Conjunta nº 1/2020 (Open Banking), Resolução Conjunta n° 4/2022 (Open Finance) e a Resolução CNSP nº 415/2021.
Quais os benefícios da Interoperabilidade do Open Finance para as Fintechs?
Para garantir que as informações estejam acessíveis, padronizadas e integradas no ecossistema do Open Finance, é preciso que as instituições promovam a interoperabilidade, que é a padronização dos dados e a capacidade de um sistema se comunicar com outro, de forma transparente e ágil.
Para as Fintechs a interoperabilidade traz grandes benefícios como, por exemplo:
Além dos benefícios listados acima, os próprios órgãos reguladores também já indicaram os principais benefícios da interoperabilidade:
O que as Fintechs devem fazer para participar da Interoperabilidade do Open Finance ?
O dispositivo normativo estabelece que os participantes desse ecossistema, devem apresentar propostas e colocar em prática padrões técnicos bem como procedimentos que assegurem a implementação e adaptação da interoperabilidade no Open Finance, através das suas estruturas de governança.
Ademais, os participantes também devem estabelecer o foro de discussão e deliberação conjuntas para implantar e gerir a infraestrutura necessária a fim de assegurar o cumprimento das normas.
A Resolução Conjunta nº 5/2022 entra em vigor em 2 de janeiro de 2023, contudo, os participantes do Open Finance podem, até 30 de novembro de 2023, submeter suas propostas referentes à interoperabilidade do sistema para análise junto ao BCB e à Susep, cabendo à esses órgãos reguladores a aprovação, ou não, e a posterior incorporação à regulamentação.
Conclusão
Diante do exposto, percebe-se que o mercado financeiro vem cada vez mais abrindo espaço para que as Fintechs possam competir de maneira igualitária com grandes empresas, tornando esse mercado altamente competitivo.
A interoperabilidade no Open Finance veio para trazer mais clareza, segurança e regramentos e, por isso, faz-se necessário contar com o apoio de especialistas, por meio de uma assessoria jurídica completa, que irá te oferecer toda a estrutura e suporte necessários para alavancar o seu negócio.
Apesar do prazo, indicamos que as empresas comecem a se organizar desde já, para não serem surpreendidas com uma negativa dos órgãos reguladores.
Por Diessika Alves.
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