05 medidas para evitar fraudes em plataformas online

As startups que lidam com plataformas online possuem diversas facilidades, como a possibilidade de escalar o negócio com rapidez, mas também enormes desafios, como manter o compliance em dia e evitar fraudes em suas operações.

No caso específico das fintechs e demais empresas do setor financeiro, é imprescindível adotar medidas para fornecer serviços mais seguros e eficientes, já que existem regulações do Banco Central do Brasil, uma forte fiscalização e um grande fluxo de dados e de ativos.

Por isso, selecionamos a seguir 05 (cinco) medidas para ajudar os empreendedores e suas empresas:

1) Solicitar comprovações eficazes de que a pessoa é quem ela declara ser:

Durante os cadastros nas plataformas online, muitas startups solicitam que os clientes apenas informem seus dados pessoais, sem exigir nenhum tipo de comprovação de que o que eles estão declarando é de fato realidade.

Com isso, abrem-se brechas para que pessoas mal-intencionadas utilizem informações de terceiros, falsifiquem cadastros e façam transações, que certamente terminarão em prejuízos para o negócio.

Assim, uma boa medida é solicitar que a pessoa tire uma selfie segurando o seu documento pessoal, para que a empresa possa fazer o comparativo se a pessoa da foto é a mesma do documento. Além disso, é importante pesquisar se os dados presentes naquele documento realmente existem ou se referem àquele indivíduo.

2) Adotar o chamado “background check”:

O “background check” consiste em um processo para validação de dados. Esse procedimento pode envolver a verificação de cadastros em órgãos públicos, como a Receita Federal e a Justiça Eleitoral, checagem de antecedentes criminais e até a consulta a cartórios de protestos e processos judiciais.

Com o histórico do seu cliente em mãos se torna mais assertivo identificar o risco que a sua startup estará assumindo e estabelecer limites na relação entre vocês.

Além disso, a empresa possui o dever de empreender esforços razoáveis para identificar se os seus clientes não estão envolvidos e não estão a envolvendo em atos ilícitos, podendo ser responsabilizada em casos de omissão.

3) Adotar sistemas antifraude

Existem alguns sistemas no mercado que monitoram o comportamento do seu cliente durante o acesso à sua plataforma, comparando dados de navegação, dados cadastrais, geolocalização, origem da visita, troca de senha e utilização de ferramentas, como o “copiar” e “colar”.

Com base nessas informações, há então uma recomendação se existe algum risco evidente no comportamento daquele indivíduo ou se há suspeita de atuação irregular.

É claro que, para adotar tais serviços, é imprescindível que a sua startup verifique se os dados pessoais dos usuários serão tratados de forma adequada e segura, já que em agosto de 2020 entrará em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados e as empresas se tornarão responsáveis por se relacionar com operadores que estejam em dia com a legislação.

4) Disponibilizar boas ferramentas de segurança na plataforma

Disponibilizar na sua plataforma soluções como a dupla verificação, também chamada de autenticação de dois fatores, é uma forma de proteger a conta dos seus usuários, evitando que as senhas sejam utilizadas de forma indevida.

Geralmente essa autenticação envolve uma senha e um dispositivo do usuário, como um celular. Com isso, mesmo que uma pessoa não autorizada tenha o acesso à senha, ela não conseguirá acessar a conta sem que tenha o celular do usuário.

É sempre importante evitar que transações não autorizadas aconteçam, pois, nesses casos, dificilmente o infrator é localizado, o cliente não poderá ser prejudicado e a sua startup terá que absorver todos os custos financeiros.

5) Conscientizar os seus usuários

Grande parte dos usuários que são vítimas de golpes na internet e, consequentemente, abrem caminho para fraudes nas plataformas, não tomam cuidados básicos, como criar senhas difíceis de serem descobertas, atualizar o antivírus, ter atenção com downloads e não utilizar softwares piratas.

Por isso, é muito importante que a sua empresa busque conscientizar essas pessoas e tornar o uso do seu serviço mais seguro.

Além de disponibilizar termos de uso e políticas de privacidades que são obrigatórios, as startups podem investir em avisos mais objetivos, dicas, vídeos explicativos e até figuras para promover a educação digital.

Assim, quanto mais medidas de segurança e compliance a startup adota, melhor se torna a experiência do cliente e a confiabilidade no mercado e menor são as chances da empresa ser responsabilizada judicialmente ou ter prejuízos financeiros em função de ações ilegais de terceiros.

Por Natália Martins Nunes