O que você precisa saber antes da entrada de novos sócios na sua Startup


Escrito por Jéssica Del Sant, advogada especializada em direito societário para empresas de tecnologia e fintechs na NDM Advogados.
Há 10 anos oferecemos assessoria jurídica e contábil completa para empresas tech crescerem com segurança e poderem focar no que importa.
Atualizado em 29/09/2025
A entrada de novos sócios ou investidores pode ser o impulso que sua empresa precisava (acesso a capital, know-how e rede de contato). Mas também pode virar um problema, principalmente se não forem feitas certas análises para mitigar o risco.
Antes de abrir mão de uma fatia do seu negócio, faça perguntas simples e diretas: qual problema esse dinheiro ou parceiro resolve? Essa pessoa compartilha a mesma visão de longo prazo? Quais riscos reputacionais, legais ou financeiros ela pode trazer?
Do ponto de vista prático-jurídico, essas perguntas podem ajudar a reduzir surpresas e proteger o que você já construiu. E mais: além desse alinhamento inicial, é importante realizar algumas análises objetivas antes de assinar qualquer contrato que envolva a transferência de participação. A seguir, estão os principais cuidados a serem observados.
Uma due diligence bem feita ajuda a entender quem é o potencial sócio ou investidor. Sem ela, você corre o risco de aceitar um capital e receber junto um sócio com dívidas ocultas, processos, problemas trabalhistas ou até um sócio que não tem capacidade real de aporte. Por isso é importante checar se há processo trabalhista, problemas fiscais graves, histórico de litígios ou reputação que possa trazer risco ao negócio.
Antes da entrada de um novo sócio, alinhe pontos fundamentais:
Tudo isso deve ser formalizado por escrito. Essas matérias normalmente são tratadas no acordo de sócios, em alinhamento com o contrato social (nas sociedades limitadas) ou com o estatuto social (nas sociedades anônimas). Já o vesting costuma ser celebrado por meio de um contrato de opção de compra. Um bom acordo de sócios é uma ferramenta poderosa para alinhar expectativas, dar previsibilidade à relação e evitar litígios que podem comprometer a continuidade da empresa.
Vale lembrar: a entrada de um novo sócio exige a formalização adequada. Nas sociedades limitadas, é preciso alterar o contrato social, já nas sociedades anônimas, registrar a operação no Livro de Registro de Ações Nominativas e, se for o caso, no Livro de Transferência de Ações Nominativas. Além disso, em empresas reguladas, como instituições de pagamento autorizadas pelo Banco Central, pode ser necessário solicitar autorização prévia do órgão antes de efetivar a alteração societária.

Trazer um novo sócio ou investidor é um passo estratégico que pode acelerar o crescimento da sua empresa, mas também envolve riscos que não podem ser ignorados. A due diligence, o alinhamento de expectativas e a formalização adequada são medidas importantes para garantir que a parceria seja saudável e sustentável no longo prazo.
Cada negócio tem suas particularidades, e os impactos jurídicos de uma nova sociedade variam conforme o tipo de empresa, o setor e até a regulamentação aplicável. Por isso, contar com uma assessoria jurídica especializada faz toda a diferença: ela ajuda a estruturar contratos sólidos, prevenir conflitos e proteger o patrimônio que você já construiu.
Antes de abrir as portas da sua empresa a um novo sócio ou investidor, busque orientação profissional e transforme esse movimento em um verdadeiro passo de crescimento, e não em uma fonte de problemas futuros.
Por Jessica Del Sant
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Agradeço e parabenizo a todos pelo excelente conteúdo… São muito úteis para a tomada de decisão… desejo muito sucesso