Como o compliance pode te ajudar a se tornar um subadquirente


A figura do subadquirente vem ganhando cada vez mais espaço no mercado, contudo, muitas empresas ainda desconhecem que, para operar legalmente como subadquirente, não basta apenas ter uma estrutura tecnológica, sendo indispensável atender também às exigências regulatórias, especialmente no que diz respeito à implementação de um programa de compliance financeiro.
A subadquirente é uma empresa que atua como intermediária entre os estabelecimentos comerciais e as adquirentes. Na prática, ela facilita a captura e o processamento de transações com cartão, mas sem a necessidade de ser, ela própria, uma Instituição autorizada pelo Banco Central do Brasil (BACEN).
Apesar de não precisar de autorização formal do BACEN, a subadquirente deve cumprir obrigações regulatórias, principalmente aquelas relacionadas à prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.
Mesmo sem ser uma figura regulada, a subadquirente faz parte do ecossistema regulado de meios de pagamentos. Como ela realiza operações financeiras, precisa atender às exigências legais, o que inclui o estabelecimento de procedimentos para:
Frisa-se que, empresas que não adotam procedimentos de compliance acabam se expondo a riscos legais, reputacionais e operacionais, comprometendo, portanto, a continuidade dos negócios.
Para se relacionar com bandeiras e adquirentes, a fintech interessada em operar como subadquirente precisa demonstrar que adota um programa estruturado de compliance financeiro, sendo esta uma das etapas iniciais para se tornar subadquirente.
É importante deixar claro que, a comprovação da existência de controles e políticas internos voltados à PLD/FT (prevenção a lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo) é analisada pelas adquirentes e bandeiras como condição para credenciamento e manutenção do relacionamento.
Embora os documentos exigidos possam variar, geralmente são solicitados:

Sendo assim, é importante deixar claro que, é possível atuar como subadquirente, desde que a empresa esteja devidamente preparada para cumprir todas as exigências legais. A implementação de um programa de compliance financeiro não apenas cumpre um requisito regulatório, mas também fortalece a credibilidade da empresa no mercado de pagamentos.
Contudo, é importante deixar claro que para que a empresa possa se estruturar dessa forma, é importante contar com o apoio de um escritório de advocacia especializado, que auxiliará na elaboração e implementação interna das Políticas de Compliance Financeiro, bem como indicando soluções especializadas, como de due diligence, para facilitar os procedimentos internos.
Por Marília Pavinski
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