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Responsabilidade jurídica da Inteligência Artificial: quem responde quando um modelo erra?

A Inteligência Artificial tornou-se parte da rotina das empresas. Modelos que antes pareciam futuro distante hoje analisam contratos, recomendam decisões, interpretam imagens, fazem análises financeiras e até auxiliam em tarefas de
compliance.

Esse avanço acelerado trouxe benefícios reais para negócios que precisam ganhar escala, produtividade e precisão. Mas, junto com a eficiência, surgiu uma dúvida que incomoda gestores, diretores e líderes de tecnologia: afinal, quem responde quando a IA erra?

1) A autonomia da Inteligência Artificial e o limite da responsabilidade


A ideia de que a tecnologia decide sozinha ainda confunde muita gente. Na prática, mesmo que falemos em autonomia da IA, a legislação brasileira e internacional entende que o sistema não é um sujeito de direitos. Em outras palavras, a Inteligência Artificial não pode ser responsabilizada porque não possui personalidade jurídica.

O que existe sempre é uma pessoa física ou jurídica que opera, integra ou disponibiliza aquela ferramenta. Portanto, quando o modelo comete um erro que causa prejuízo, alguém na cadeia de desenvolvimento ou de uso assumirá essa responsabilidade.


Esse ponto fica claro quando pensamos em situações comuns. Um modelo que analisa documentos pode classificar informações de forma equivocada. Uma solução de IA que apoia decisões de crédito pode gerar aprovações indevidas. Um sistema que auxilia na leitura de demonstrações financeiras pode induzir o gestor a interpretar um número incorreto.

E aí surge a pergunta central: quando isso acontece, o problema está no modelo, na forma como ele foi utilizado ou na falta de validação humana?

2) Como reguladores e tribunais analisam um erro de Inteligência Artificial

Os órgãos responsáveis pela regulação e o próprio Judiciário têm observado alguns elementos para definir a responsabilidade em cada caso. O primeiro ponto é a origem da falha. Quando existe um erro estrutural como vieses evidentes, falta de precisão ou comportamento previsível e não corrigido, tende a haver responsabilidade de quem construiu ou disponibilizou o modelo.


Em muitos casos, porém, a falha surge do uso incorreto da tecnologia. Empresas que integram a IA sem controles, que deixam de revisar as saídas geradas ou que colocam o sistema para atuar sem supervisão humana assumem riscos que poderiam ter sido evitados. A ausência de treinamento interno e de políticas claras também pesa na análise.

Há ainda uma preocupação crescente com a transparência. Usuários finais precisam saber quando estão interagindo com sistemas automatizados ou quando a decisão envolveu apoio de IA. Quando isso não é informado, cria-se um cenário de assimetria que aumenta o risco de responsabilização.

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3) Governança da Inteligência Artificial como requisito essencial

A discussão moderna sobre responsabilidade gira em torno da governança. Não basta adotar a tecnologia sem demonstrar como ela está sendo utilizada internamente. A empresa precisa documentar processos, registrar logs, realizar testes periódicos, criar mecanismos de rastreabilidade e estabelecer critérios claros de revisão humana.


Essa lógica não é apenas uma tendência internacional. Ela já está presente de forma indireta em diversas normas brasileiras de proteção de dados, no ambiente regulado de instituições financeiras e na atuação de órgãos como Banco Central, CVM e ANPD. A mensagem é simples: quem utiliza IA precisa provar que fez a sua parte.


A responsabilidade jurídica não nasce apenas quando existe um dano. Ela surge quando a empresa não demonstra que adotou controles mínimos para evitar erros previsíveis. Quando existe documentação adequada e um ciclo organizado de supervisão, fica muito mais fácil mostrar que houve diligência e boa prática. Sem isso, qualquer falha tecnológica pode ser interpretada como negligência.

4) Por que as Inteligências Artificiais exigem mais do que tecnologia


Empresas que querem usar IA de forma estratégica precisam entender que a adoção da tecnologia envolve um componente jurídico e de compliance tão relevante quanto o componente técnico. Isso inclui revisar contratos, estabelecer responsabilidades entre fornecedor e operador, criar políticas internas de uso, treinar equipes e organizar fluxos de supervisão.


A tecnologia traz escala. O controle traz segurança. Quando os dois se encontram, a IA deixa de ser uma aposta e passa a ser uma ferramenta confiável para decisões críticas.
Hoje, muitas empresas estão acelerando o uso de IA sem estrutura mínima de governança ou supervisão, o que aumenta riscos jurídicos e operacionais, especialmente em áreas como jurídico, crédito, análise de documentos e atendimento. Esse contexto reforça a necessidade de unir tecnologia e controle.

5) Quando NDM e FWK se encontram na mesma solução

Esse cenário explica a convergência natural entre a atuação da NDM e a da FWK Global. A FWK atua estruturando como a IA é aplicada na prática nas organizações: desde a definição de estratégia, passando pelo desenho da arquitetura de dados e fluxos de automação, até a integração dos modelos nas operações reais. O foco é garantir que a tecnologia gere impacto mensurável, com eficiência, escalabilidade e supervisão humana organizada.
A empresa se diferencia por trabalhar com “IA aplicada”, priorizando soluções que conectam tecnologia, pessoas e processos para gerar resultados concretos e não apenas provas de conceito.


A NDM complementa essa estrutura oferecendo o arcabouço jurídico essencial para uso seguro da IA: responsabilidade, governança, LGPD, compliance regulatório e modelos contratuais adequados a sistemas de decisão automatizada.


Quando essas duas visões se unem, o resultado é um ecossistema completo. A tecnologia da FWK Global oferece inovação com capacidade real de transformar operações. A estrutura jurídica da NDM Advogados garante que essa transformação ocorra com segurança, clareza e responsabilidade.

O negócio ganha produtividade, mas também confiança para escalar sem expor a empresa a riscos jurídicos que poderiam comprometer a inovação.
Essa combinação permite que empresas avancem rápido em IA, com eficiência operacional, clareza jurídica e governança estruturada. Inovação e proteção caminham juntas, criando um caminho seguro para escalar Inteligência Artificial com impacto real e responsabilidade.


Inovar com IA exige mais do que tecnologia: exige visão, estrutura e responsabilidade. FWK e NDM se unem para entregar essa maturidade ao mercado, construindo um caminho seguro para que empresas adotem IA com impacto real e longevidade. Esse é o futuro da inovação, e ele começa agora.

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